Por Laís Gouveia

Alegria, direitos e diversidade: conheça a história da Parada do Orgulho LGBT+

Por Leonardo Lucena

Depois de dois anos sendo realizada virtualmente por conta da pandemia de Covid-19, a Parada do Orgulho LGBT+ voltou com tudo em sua 26º edição em 2022, na Avenida Paulista no dia 19 de maio

Neste ano, o evento, considerado a maior parada do mundo, bateu recorde e reuniu 4 milhões para celebrar e reivindicar direitos, num país que lidera o ranking de crimes contra travestis e trans

Neste grave cenário, o tema da parada nesta edição de 2022, ano eleitoral, foi estratégico: “Vote com Orgulho - Por uma Política que Representa”

Atualmente, a parada possui imensa visibilidade midiática e grande mobilização para sua realização

Resultado da luta de entidades que atuam há décadas contra o preconceito e na promoção da união e da força da comunidade LGBT+

Em 1994, a sigla GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) foi criada por Suzy Capó, jornalista, atriz e ativista, durante os preparativos de um festival de cinema independente que produzia

A iniciativa coletiva de pensar um evento nacional começou a ser embrionada em 1995

Naquela data, aconteceu no Rio de Janeiro a 17° conferência do ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex)

A conferência terminou com uma pequena marcha na praia de Copacabana, Rio de Janeiro

Já em 1996, o ato foi na Praça Roosevelt, em São Paulo. A atração contou com cerca de 500 pessoas. Todas unidas em prol das demandas LGBTs

Em 1997 acontecia a primeira Parada LGBT na cidade de São Paulo

Com o mesmo tom de alegria que vemos nos dias atuais, o evento reuniu cerca de duas mil pessoas, com o objetivo de unir a diversidade e reivindicar direitos sociais

Com o passar dos anos, mudanças foram feitas para dar mais organicidade ao movimento

Em 1998, entendeu-se que o evento precisava de uma entidade oficial para organizar a atração e que ficasse intensamente à frente de tudo

Desse modo, surgiu a Associação do orgulho GLBT- (APOGLBT-SP). Aqui, já se englobam Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros

No entanto, após temas como a visibilidade lésbica e o machismo estrutural introjetado na sociedade virem à tona de uma forma mais intensa, alterou-se a ordem das siglas

Surgia naquele momento a sigla LGBT. Posteriormente, observou-se a importância de acrescentar o símbolo ‘+’

O ‘+’ é utilizado para incluir mais grupos e variações de sexualidade e gênero

O Escritor e militante João Silvério Trevistan escreveu um artigo em 1999 para a revista Sui Generis em que reforçava a importância da parada:

“Numa cultura onde tudo passa pela estatística, reunir 20 mil pessoas é uma façanha. E aí está o grande sentido político da parada: a afirmação de que existimos, gostem ou não, e somos milhares”

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