Por Camila França
Bolsocaro: os “novos” alimentos “criados” pela inflação de Bolsonaro
Com inflação alta e brasileiros perdendo renda, retrato fiel do que é o governo Bolsonaro, supermercados estão vendendo produtos que antes nem eram comercializados
Com Bolsonaro no poder, é possível encontrar nas prateleiras, por exemplo, bandejas com somente pele de frango, em vez da carne do animal
A carcaça do frango, que antes era descartada, também virou ingrediente principal
Sabe os grãos de feijão quebrados que eram descartados após uma seleção do produto? Agora são vendidos como “feijão bandinha”
E os fragmentos de arroz? Grãos quebrados, com baixo valor nutricional e utilizados geralmente para fazer ração e farinha são vendidos nos supermercados no Brasil de Bolsonaro
É possível encontrar ainda ‘sobras’ de frios
Com a alta no preço do leite, produtores correm para não perder mercado e colocam nas prateleiras o soro de leite, líquido residual da produção de lácteos e que tem baixa qualidade nutricional
Depois do surgimento da “bebida láctea com soro do leite”, apareceu também a “mistura alimentícia com queijo ralado”, um mix de sobras de queijos com amido de milho, por exemplo, para dar volume
As empresas também passaram a reduzir a quantidade de produto nas embalagens, cobrando o mesmo valor. É o fenômeno da ‘reduflação’
Ele não é novo, mas se acelerou desde o último semestre de 2021 com a alta da inflação no Brasil
Em vez de subirem o preço do produto, as empresas usam desta estratégia para mantê-los nas prateleiras, novamente em uma tentativa de não perder mercado
O cliente é induzido a acreditar que não houve aumento no preço, mas não sabe que o volume diminuiu. No fim das contas, o consumidor sai no prejuízo
Entre a lista dos produtos que sofreram esse encolhimento estão alimentos e itens de limpeza
Com as quantidades reduzidas e preços quase inalterados, a reduflação promove um impacto nos orçamentos familiares, especialmente com a crise alastrada e a inflação galopante
No governo do Bolsocaro, cenas como estas - de pessoas disputando sobras de açougues e supermercados que iriam para o lixo - estão se tornando cada vez mais “comuns”