Por Guilherme Levorato

Buscas no Google refletem preocupação do brasileiro com o bolso

Por Leonardo Lucena

O mundo vive uma crise econômica global decorrente da pandemia de Covid-19 e da guerra entre Rússia e Ucrânia. No Brasil, a situação é agravada pelo governo Bolsonaro

A preocupação dos brasileiros com o aspecto financeiro está refletida nas buscas no Google, indica um relatório divulgado pela plataforma

O termo “vagas” foi “a palavra mais pesquisada no tema emprego tanto nos primeiros meses de 2022 quanto desde o início da série histórica, em 2004”

A palavra está relacionada à busca por vagas de emprego. No segundo trimestre de 2022, o país registrou um índice de desemprego de 9,1%

Assim como as buscas por "salário mínimo", os brasileiros também demonstram cada vez mais interesse por "aposentadoria"

“As consultas por salário mínimo chegaram ao maior nível da série histórica para o período de janeiro a junho. Em um ano, a alta foi de 40%. O interesse por aposentadoria cresceu 65% em 10 anos”

A consulta pelo décimo terceiro dos aposentados, por sua vez, ficou sete vezes maior

"Entre as palavras mais buscadas na pergunta 'por que a/o … está tão cara/caro', destacam-se termos ligados aos combustíveis e também aos alimentos”, diz o documento

O mais cruel retrato da economia fraca e da pobreza é a fome, e o assunto também é alvo de pesquisas. "No Brasil, o interesse pelo tópico fome chegou em 2021 ao maior índice dos últimos cinco anos”

“O pico ocorreu no começo da pandemia, em março de 2020. As buscas por cesta básica aumentaram 4x na comparação de 2020 com 2019. O interesse continuou alto nos anos seguintes", diz o relatório

Mais uma face do empobrecimento do povo são as buscas por "empréstimo": "os brasileiros estão pesquisando como nunca por empréstimo no Google”

“As buscas por empréstimo bateram recorde em 2022 e foram 40% maiores que no mesmo período de 2021. Em 10 anos, as pesquisas sobre o assunto triplicaram”

Vale destacar que os dados do relatório são "normalizados": "o número de pessoas buscando no Google muda constantemente. Então números brutos não permitiriam comparação entre passado e presente”

“Ao normalizar nossos dados, podemos extrair insights mais profundos: comparar períodos de tempo diferentes, países distintos e até mesmo cidades diferentes", explica o documento

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